"...Mas o quociente de dor que a gente sofre já não é chocante o bastante para não precisar de uma amplificação ficcional, que dê às coisas uma intensidade que é efêmera na vida e que por vezes chega a passar despercebida? Não para algumas pessoas.
Para umas poucas, muito poucas, essa amplificação, que brota do nada, insegura, constitui a única confirmação, e a vida não vivida, especulada, traçada no papel impresso, é a vida cujo significado acaba sendo mais importante..." (Philip Roth, Fantasma Sai de Cena).

domingo, 28 de março de 2010

Indignação

Acabo de terminar (acabar de terminar?) Indignação. É mais um livro que dei de presente e agora leio em empréstimo (alguém mais faz isso?).

Desejo um dia conseguir organizar suficientemente meus pensamentos e explicar como, desde o Complexo de Portnoy, me identifico tanto com os personagens de Roth...

Mas não vai ser agora. Porque agora preciso dormir, porque amanhã preciso cumprir compromissos, porque essa é a coisa certa a fazer...

... e isso é o que faria Marcus Messner - cuja retidão inflexível e cujo senso de dever lhe renderam, aos 20 anos, a narração post mortem de Indignação.

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