Sentir-se oprimido pela liberdade para traçar qualquer rumo para a vida. Sentir angústia ao dar-se conta da falta de sentido para a existência de todas as coisas (inclusive de si próprio). Sentir o peso do desamparo, por não poder contar com um deus, ou com qualquer força que não seja a própria força interna do indivíduo.
Sentimentos que permeiam a condição de ser humano.
Todos eles têm uma certa explicação, uma certa "lógica", no existencialimo.
Dia desses bebi demais, e comprei "O Ser e o Nada", de Sartre. Então comecei a me deparar com algumas tentativas de explicação para sentimentos cotidianos, como a angústia de ter de tomar decisões.
Para Sartre, isso se deve ao fato de que as escolhas não apenas determinam nossa vida; elas são a nossa vida, pois "o homem é antes de qualquer coisa um projeto".
E nesse ato de escolher para viver, o homem vai criando sua essência.
Pois, diversamente dos demais seres, a existência do homem precede sua essência.
Uma caneta tem sua essência pré-definida antes de existir, e depois que existe, não pode alterá-la.
Já o homem não tem qualquer essência antes de existir (a não ser para aqueles que acreditam que o homem é produto de um deus, cuja essência já existiria na mente do criador).
Assim, por não possuir essência antes de existir, o homem a constrói à medida que vai existindo, e o faz pelas escolhas que toma.
"O homem surge no mundo e, de início, não é nada; só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. Ora, isso implica também o fato de que o homem só se faz num constante projeto, num incessante lançar-se no futuro. Somente assim o homem irá se definir como ser existente e consciente de si mesmo. Lançado no mundo sem perspectivas pré-determinadas, o homem determina sua vida ao longo do tempo e descobre-se como liberdade, ou seja, como escolha de seu próprio ser no mundo. Eis a origem da angústia, do desamparo e do desespero". (de um texto que vale ser lido, em: http://pensamentoextemporaneo.wordpress.com/2009/10/31/a-existencia-precede-a-essencia-a-condicao-humana-em-sartre).
sábado, 20 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Sonhos
Sonhei que um furacão aparecia no horizonte, terrível e gigantesco. Aproximou-se e fez o prédio em que eu morava ruir no mar. Como estava dentro do meu apartamento, tombei junto com o prédio, afundando em águas turvas. Sobrevivi, e boiando como um náufrago pude ver que a parte da cidade em que eu morava havia sido devastada. Mas outra parte, uma parte rica e distante, continuava intacta. No meu sonho, essa parte intacta era a ilha de Manhattan.
Nada a ver com astros, zodíaco, presságio.
Apenas uma representação, uma coleção de símbolos. Um cenário em que nenhum elemento que o compõe tem o significado convencional, mas sim outro significado, único e pessoal, acessível apenas pelo inconsciente que o elaborou...
Quando acordei no meio da noite, já sabia o que o sonho significava.
Nada a ver com astros, zodíaco, presságio.
Apenas uma representação, uma coleção de símbolos. Um cenário em que nenhum elemento que o compõe tem o significado convencional, mas sim outro significado, único e pessoal, acessível apenas pelo inconsciente que o elaborou...
Quando acordei no meio da noite, já sabia o que o sonho significava.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
travelmeasia
Não sou de postar links, mas esse me pareceu valer a pena. É um amigo de uma amiga. O rapaz resolveu viajar por toda Ásia, com mochila nas costas e câmera na mão. As fotos valem a pena.
E dá vontade de viver como ele... solto pelo mundo...
http://www.travelmeasia.com/
E dá vontade de viver como ele... solto pelo mundo...
http://www.travelmeasia.com/
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Fragmentos do dia
Dois fragmentos do meu dia...
Na cozinha. Pensei que pudessem haver três tipos de pessoas: as que sabem o que querem; as que pensam que sabem o que querem; e as que têm certeza que não sabem o que querem.
E você percebe que está bagunçado quando não consegue nem saber em que categoria se enquadra...
Na sala (mais tarde). Ouvia a música e um trecho insistiu em se apagar. Dizia "quando se anda em círculos, nunca se é bastante rápido".
Me fez pensar que quando intensificamos o ritmo, aceleramos a vida, e não chegamos a qualquer lugar, nosso caminho pode ser um círculo.
Nesse caso, melhor mudar a rota. Ou ir mais devagar, e aproveitar a vista...
Na cozinha. Pensei que pudessem haver três tipos de pessoas: as que sabem o que querem; as que pensam que sabem o que querem; e as que têm certeza que não sabem o que querem.
E você percebe que está bagunçado quando não consegue nem saber em que categoria se enquadra...
Na sala (mais tarde). Ouvia a música e um trecho insistiu em se apagar. Dizia "quando se anda em círculos, nunca se é bastante rápido".
Me fez pensar que quando intensificamos o ritmo, aceleramos a vida, e não chegamos a qualquer lugar, nosso caminho pode ser um círculo.
Nesse caso, melhor mudar a rota. Ou ir mais devagar, e aproveitar a vista...
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