"...Mas o quociente de dor que a gente sofre já não é chocante o bastante para não precisar de uma amplificação ficcional, que dê às coisas uma intensidade que é efêmera na vida e que por vezes chega a passar despercebida? Não para algumas pessoas.
Para umas poucas, muito poucas, essa amplificação, que brota do nada, insegura, constitui a única confirmação, e a vida não vivida, especulada, traçada no papel impresso, é a vida cujo significado acaba sendo mais importante..." (Philip Roth, Fantasma Sai de Cena).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fragmentos do dia

Dois fragmentos do meu dia...

Na cozinha. Pensei que pudessem haver três tipos de pessoas: as que sabem o que querem; as que pensam que sabem o que querem; e as que têm certeza que não sabem o que querem.

E você percebe que está bagunçado quando não consegue nem saber em que categoria se enquadra...

Na sala (mais tarde). Ouvia a música e um trecho insistiu em se apagar. Dizia "quando se anda em círculos, nunca se é bastante rápido".

Me fez pensar que quando intensificamos o ritmo, aceleramos a vida, e não chegamos a qualquer lugar, nosso caminho pode ser um círculo.

Nesse caso, melhor mudar a rota. Ou ir mais devagar, e aproveitar a vista...

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