"...Mas o quociente de dor que a gente sofre já não é chocante o bastante para não precisar de uma amplificação ficcional, que dê às coisas uma intensidade que é efêmera na vida e que por vezes chega a passar despercebida? Não para algumas pessoas.
Para umas poucas, muito poucas, essa amplificação, que brota do nada, insegura, constitui a única confirmação, e a vida não vivida, especulada, traçada no papel impresso, é a vida cujo significado acaba sendo mais importante..." (Philip Roth, Fantasma Sai de Cena).

segunda-feira, 10 de maio de 2010

livros na estante

Hoje fui a uma palestra com o um psiquiatra. Enquanto a platéia fazia perguntas, um amigo ao lado me falou sobre um "universo sublime", referindo-se à ampla gama de assuntos interessantes que estavam sendo abordados pelo palestrante, a maioria deles relacionados à psicanálise. Concordei imediatamente, e gostei do "universo sublime".

Em determinado momento, o palestrante disse que precisamos de duas coisas elementares: receber amor e aprender a nos decepcionarmos... Citou Neruda: "vivi para amar e partir..."


Ao chegar em casa, olhei para a estante dos livros de trabalho, e pensei: tanta leitura até hoje, e tão pouco interesse verdadeiro.

Pra ser feliz, talvez minha estante devesse conter outros livros...

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