Millôr fala na eterna chateação pela obediência irrestrita a cautelas excessivas (ver último post). Não se expor a riscos pode ser a saída para se viver longos anos . Mas o custo dessa diminuição de riscos não é, em si mesmo , um risco de infelicidade ?
Tenderia a dizer que sim . Mas não há uma resposta correta , pois há quem se contente em não atravessar a rua , não viajar de avião , não sair à chuva .
Se você não se enquadra nessa situação de se contentar com o tédio , talvez pudesse se valer da equação existencial que segue (sendo “dano ” qualquer revés potencialmente doloroso e “chance de ser feliz ” qualquer aumento no grau de felicidade ):
Se a aplicação prática dessas equações não surtir o efeito desejado, estará provado que não adianta equacionar nada (a avaliação risco /ganho é inútil em termos existenciais), logo é inútil se evitarem os riscos , logo a busca da felicidade é única e imperativa regra ...
... lembrei de um dia daquela época de picardias juvenis em que não consegui levar a putaria adiante pq a mina me disse que eu lhe transmitia muita segurança. Eu tinha cara de q ia ligar no dia seguinte. De fato, dizem q eu transmito segurança e eu semprei gostei disso... mas parece q falta alguma coisa. Acho q eu preciso reaprender a equilibrar o desequilíbrio. A receita é boa: se alguém souber como fazer, me explica por favor.
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