"...Mas o quociente de dor que a gente sofre já não é chocante o bastante para não precisar de uma amplificação ficcional, que dê às coisas uma intensidade que é efêmera na vida e que por vezes chega a passar despercebida? Não para algumas pessoas.
Para umas poucas, muito poucas, essa amplificação, que brota do nada, insegura, constitui a única confirmação, e a vida não vivida, especulada, traçada no papel impresso, é a vida cujo significado acaba sendo mais importante..." (Philip Roth, Fantasma Sai de Cena).

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Universos paralelos... (a partir de duas canções)

Se Alberto Caeiro não fosse um alter ego, e se Fernando Pessoa vivesse nos tempos de ipod, o "poeta do real" poderia estar em meu lugar hoje à tarde, quando olhei pro horizonte vazio de minha cidade e escutei "all you touch and all you see is all your life will ever be...".

Se eu meu carro fosse um navio, e se eu estivesse partindo, Bob Dylan poderia estar em meu lugar hoje à noite, quando liguei o rádio e escutei: "Oh I'm sailin' away my own true love, I'm sailin' away in the morning...".


Os universos paralelos às vezes fazem tanto sentido...

Nenhum comentário:

Postar um comentário